Presidente do CNPq, Ricardo Galvão, pesquisador e professor da UFU, Cleudmar Araújo e Odir Dellagostin presidente do CONFAP (Foto: Fernando de Lucena/CONFAP)

Marcelo Speziali, diretor CT&I; prof. Cleudmar Araújo; Paulo Beirão, presidente Fapemig

Texto: Cristiane de Paula- jornalista Cintesp.Br/UFU

A premiação fez parte do Congresso que reúne dirigentes das 27 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e das agências federais de fomento à CT&I para debater temas prioritários da política científica e tecnológica no Brasil.

O Prêmio CONFAP de CT&I, com a premiação boas práticas em fomento à ciência, tecnologia e inovação, “Professora Odete Fátima Machado Da Silveira” é uma iniciativa do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O Professor e pesquisador da Universidade Federal de Uberlândia, Cleudmar Araújo recebeu o certificado e medalha de primeiro lugar na categoria “Inovação para o Setor Empresarial 2022”, no Fórum Nacional do CONFAP, realizado ontem (23) na cidade de São Paulo. A edição deste ano foi realizada em parceria da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Cleudmar Araújo também é coordenador geral do Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos, vinculado à Universidade Federal de Uberlândia (Cintesp.Br/UFU). A unidade foi criada em 2019 pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações (MCTI) para desenvolver pesquisas de inovação em Tecnologia Assistiva (TA). O Cintesp.Br/UFU conseguiu gerar mais de 40 registros de patentes de equipamentos voltados para pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e doenças raras nas áreas do esporte, saúde, lazer, educação e vida diária. Em março do ano passado 21 produtos foram entregues e 11 licenciados para fabricação pela indústria nacional.

“As pesquisas coordenadas pelo Professor Cleudmar à frente do Cintesp.Br demonstram alto grau de inovação aliado ao interesse social, tendo em vista o desenvolvimento de tecnologias assistiva. Sendo assim, a escolha do professor Cleudmar, para o Prêmio CONFAP é o reconhecimento de seu trabalho e contribuição para a ciência,” destaca Thiago Paluma, diretor Agência Intelecto/UFU.

Os projetos são financiados pelo MCTI e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT/Uberlândia-MG). As pesquisas são desenvolvidas em formato de redes colaborativas multidisciplinares com outros pesquisadores (https://cintespbr.org/?page_id=2657) e em parcerias com a prefeitura de Uberlândia, por meio da Fundação de Turismo e Esportes (FUTEL), Praia Clube Uberlândia, SESI/Gravatás, CPB, Algar Telecom, Associações, e Instituições públicas que atuam com ações políticas e suporte às pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e doenças raras.

“Receber esse Prêmio foi uma honra, são quase 20 anos de trabalho voltados para pessoas com deficiência, doenças raras e mobilidade reduzida. O reconhecimento também é do trabalho dos colaboradores, de toda nossa rede que envolve pesquisadores, instituições e Governos do Município de Uberlândia, do Estado de Minas Gerais e do Brasil com a nossa UFU. Essa indicação da FAPEMIG e a premiação pelo CONFAP permite que possamos destacar a área da tecnologia assistiva que tem carência de importados. A proposta do Prêmio permite ainda dar atenção para as soluções inovadoras em TA, e, cito as áreas da saúde, do lazer, da educação, do esporte e vida diária. Tudo isso, aumenta nosso esforço e responsabilidade para que possamos implementar o setor empreendedor unindo forças inclusive com startups nessa área”, completa o pesquisador Cleudmar Araújo.  O pesquisador se referiu ao Centro Nacional de Tecnologias para Pessoas com Deficiência e Doenças Raras (CNT), em fase de implantação em Uberlândia, no Campus Glória da UFU. O CNT será voltado ao empreendedorismo e inovação para fortalecer esse cenário que se destaca no nosso país.

 “O Prêmio coloca a UFU num patamar importante ao se considerar o desenvolvimento da pesquisa tecnológica e da inovação no Brasil. O trabalho do professor é interdisciplinar, envolvendo, portanto, outras áreas do conhecimento, e trata de tecnologias assistivas, ou seja, tem grande apelo social. Isto significa que as pessoas com deficiência são diretamente beneficiadas através de equipamentos cada vez mais adaptados e que permitem melhor qualidade de vida. Num recorte voltado para a competição de alto desempenho, existe também contribuição para atletas de alto nível. E toda esta tecnologia se encontra disponível para o setor empresarial que, em parceria com a universidade, pode produzir os equipamentos em escala capaz de atender as pessoas com deficiência”,acrescenta Dr. Valder Steffen Jr, professor e Reitor da Universidade Federal de Uberlândia.

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