Cristiane de Paula – ASCOM CINTESP.Br
Revisão: Cleudmar Araújo – Diretor CINTESP.Br
Interação e conectividade são duas das diretrizes seguidas pela coordenação do CINTESP.Br, em Uberlândia para o desenvolvimento das pesquisas, tendo como foco principal promover a saúde, o bem-estar, a habilitação física e a inclusão social.
Com o entendimento de promover o conhecimento, gerar oportunidades e desenvolver inovação tecnológica que possa ser transferida para a sociedade, contemplando o máximo das necessidades das pessoas com deficiência e doenças raras, o CINTESP.Br desenvolve pesquisas integrando diversas áreas do conhecimento da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e outras Instituições de ensino superior, em diversas regiões do país, parceiras do CINTESP.Br.
São aproximadamente 50 pesquisadores, envolvendo profissionais técnicos, estudantes de graduação e de pós-graduação e docentes, atuando em mais de 60 projetos onde a multidisciplinaridade permeia os mais variados projetos que passam pela educação, saúde, lazer, esporte e vida diária.
No CINTESP.Br as linhas de pesquisas envolvem desde a prescrição de equipamentos, de dispositivos e de próteses; ao desenvolvimento de aparelhos biomecânicos de treinamento, passando pela habilitação e reabilitação física; a criação de recursos didático-pedagógicos para o ensino de línguas e da matemática; o projeto de arranjos físicos e modelos arquitetônicos inteligentes baseados em acessibilidade e ergonomia; a criação de novos materiais aplicáveis à engenharia biomecânica; o estudo da qualidade de vida para pessoas com doenças raras; o desenvolvimento das técnicas de manufatura aditiva aplicada e outras mais.
Cleiton Soares Camilo Junior está finalizando o mestrado em engenharia mecânica na UFU. Faz parte da equipe do CINTESP.Br com ênfase em tecnologia assistiva e processos de fabricação. Atualmente, coordena o projeto de um elevador de piscina e também apoia outros projetos dando suporte na análise estrutural e fabricação. “Trabalhar com os projetos do Cintesp.Br ajuda a desenvolver minhas habilidades teóricas e práticas, pois estou envolvido tanto em modelagem e simulação quanto em fabricação. Isso é bom para mim, pois eu planejo cursar um doutorado no exterior e o Cintesp.Br vem ajudando a construir minha experiência profissional. Eu espero poder contribuir para essa população, muitas vezes esquecida, disponibilizando um elevador de piscina bom e financeiramente acessível”, disse o pesquisador.
Atualmente, diversos projetos em desenvolvimento no CINTESP.Br, buscam atender demandas do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) no sentido de melhorar o rendimento dos paratletas de alta performance. Um exemplo, é o projeto de uma calha desenvolvida em formato modular, similar a um sistema “Lego”, por impressão 3D, com volume útil menor utilizada na modalidade da bocha paralímpica classe BC3 que também possui outras inovações como: o menor peso, detalhes no formato que permitem maior precisão nos lançamentos e o uso de 100% de tecnologia nacional permitindo a redução de custo em mais de 50%. Para este invento, que está em fase final de produção para testes com os atletas paralímpicos, foi preciso envolver além da engenharia mecânica, a fisioterapia, educação física e medicina. Outro exemplo, é uma base de apoio para a realização de exames de Raio-X para tratamento de lesões ligamentares do tornozelo, ou ainda diversos dispositivos e recursos para maior inclusão e acessibilidade nas áreas da educação e vida diária que envolvem a pedagogia associada com a engenharia mecânica e outras áreas da saúde, o que reforça o conceito de expandir e fortalecer as pesquisas em todas as áreas do conhecimento no âmbito da UFU e formar redes colaborativas para o desenvolvimento de projetos de forma sinérgica em um menor tempo possível para que as pessoas possam usufruir de tais tecnologias. “A natureza das pesquisas em tecnologia assistiva é essencialmente transdisciplinar. Envolve diversas áreas do conhecimento que trabalham de forma coordenada e complementar entre si, no sentido da cooperação assim, o CINTESP.Br desenvolve suas iniciativas em redes colaborativas contendo múltiplas disciplinas”, complementa Lucas Cardoso, pesquisador e Doutor em Engenharia Mecânica da UFU.