Texto: Cristiane de Paula Ascom CINTESP.Br

A pessoa com deficiência no Brasil nos últimos anos tem recebido cada vez mais atenção e isso está dentro do contexto da visibilidade da pessoa com deficiência.  De acordo com o secretário nacional de paradesporto do Ministério da Cidadania, Angtonio Guedes, as ações realizadas pelas Universidades e Centros de Pesquisa acontecem cada vez mais em rede compartilhando conhecimento e fazendo as inovações se complementarem, ainda de acordo com o secretário, esse comportamento reforça cada vez mais que a pessoa com deficiência não está desconectada de uma cidade para a outra e que a sociedade não é desconectada.

Em Uberlândia o Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos  (CINTESP.Br), vinculado à Universidade Federal de Uberlândia (UFU), trabalha em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a Fundação Uberlandense de Turismo Esporte e Lazer (FUTEL) em busca de desenvolver novas tecnologia assistiva para melhorar a performance do paratleta de alto rendimento. E as pesquisas acontecem de forma multidisciplinar e em rede colaborativa com o setor acadêmico, entidades de pesquisa, sociedade, instituições públicas e privadas com o principal objetivo de fortalecer, otimizar e reduzir o custo das pesquisas e o tempo de transferência para o atleta paralímpico como também para toda a sociedade, pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida e financeiramente acessível.

No mundo do paradesporto o resultado dessa integração crescente aparece na aceleração do registro de novas tecnologias assistivas, melhora dos índices dos parateltas de alto rendimento e novos recordes que chegam a colocar o atleta paralímpico bem perto dos índices olímpicos.

Realidade comprovada nas Paralimpíadas de Tóquio com quebras de recordes em proporções maiores das que foram registradas nas Olimpíadas. Um dos exemplos foi a performance dos paratletas na corrida dos 100 metros onde a evolução da classe de amputados, que depende de próteses, chegou a uma redução de 16 segundos no tempo de prova, superando a evolução de desempenho na mesma prova do atleta olímpico que foi de 13 segundos. “Essa equiparação pode ser levada para melhor qualidade de vida, para a verdadeira inclusão social e produtiva de uma pessoa com deficiência”, disse o coordenador de ciências do esporte  do Comitê Paralímpico Brasileiro,  Thiago Lourenço durante a live realizada o mês passado, no 1º Encontro NUTECA – Núcleo de Tecnologia Assistiva, da Universidade São Judas de São Paulo.

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