Pesquisadores do CINTEPS.Br/UFU em visita à academia de halterofilismo do SESI Gravatás

 

Texto: Cristiane de Paula – ASSCOM CINSPTESP.Br
Revisão: Arthur Alves Fiocchi -pesquisador CINTESP.Br

Ambiente de pesquisa privilegiado, este é um dos diferenciais do CINTESP.Br/UFU gerados por meio do trabalho feito em rede colaborativa e diretamente com o público a ser atendido, os paratletas brasileiros. Conhecendo a demanda dos treinadores do alto rendimento, os pesquisadores conseguem desenvolver em curto espaço de tempo equipamentos e dispositivos específicos, agilizando as fases de desenvolvimento e validação dos projetos.

Desta vez, o local de pesquisa foi a academia do halterofilismo, no SESI Gravatás, em Uberlândia, onde acontecem os treinos focados no alto rendimento. São 33 paratletas, dos quais 23 são medalhistas e a maioria entre os melhores do Brasil e do Mundo.

Foram mais de 3 horas de conversa com o treinador e técnico da equipe brasileira de halterofilismo Wéverton Santos. Os professores e pesquisadores Arthur Alves Fiocchi, do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Usinagem, Márcio Peres, coordenador do Laboratório de Projetos Mecânicos, e Cleudmar Araújo, coordenador do CINTESP.Br/UFU, conheceram as principais demandas tecnológicas apontadas pelo treinador para aumentar o desempenho dos atletas por meio da instalação de sensores em alguns equipamentos da academia. “Esse contato com o pessoal do halterofilismo é fundamental, é aqui que a gente percebe as dificuldades, os problemas do outro lado, assim podemos aplicar o nosso conhecimento para ajudar na rotina do técnico e dos atletas”, completa o pesquisador do CINTESP.Br/UFU Márcio Peres.

O desafio é criar dispositivos de monitoramento em tempo real e a distância para até 9 barras de treinamento para arremesso. O objetivo é melhorar o rendimento dos atletas com maior controle de carga e estudo detalhado do movimento durante a prática da modalidade, evitando lesões por meio do acompanhamento com dispositivos eletrônicos. “Vamos ter a possibilidade de acompanhar a qualidade do treino de cada atleta e, também, arquivar os dados para avaliações futuras. O objetivo é desenvolver tecnologia nacional, acessível e mais barata que os produtos similares importados, por exemplo, um equipamento britânico que pode custar até 20 mil reais”, disse o treinador e técnico da equipe brasileira de halterofilismo Wéverton Santos.

 O Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos (CINTESP.Br/UFU) foi criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) com o principal objetivo de desenvolver inovações em tecnologia assistiva voltadas para a melhoria da vida diária de pessoas com deficiência (PcD), com mobilidade reduzida e doenças raras nas áreas de lazer, esporte, saúde e educação. em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), “Inovações Tecnológicas” em esportes paralímpicos e viabilizar, em um menor tempo possível, a transferência destas tecnologias para a sociedade e por meio do setor produtivo em articulação com agentes socioeconômicos. “Com essa aproximação, esse trabalho em rede fica muito mais ágil, vamos empenhar para, neste caso apresentar, até o final do ano, uma primeira versão de dispositivos para eles testarem”, completa Cleudmar Araújo, coordenador do CINTESP.Br/UFU.

Atualmente os projetos de pesquisa são financiados pelo MCTI e Ministério Público do Trabalho de Uberlândia-MG, com gestão financeira do CNPq e são desenvolvidos em forma de rede colaborativa entre pesquisadores de diversas Faculdades, Universidades e apoiadores como a prefeitura de Uberlândia, por meio da FUTEL, Sesi Gravatás (Fiemg), o Praia Clube Uberlândia e o Grupo Algar Telecom e Brain Instituto de Ciência e Tecnologia.

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