Pesquisadores do CINTESP.Br/UFU com paratletas e treinadores em testes de equipamentos com a nas unidades de Uberlândia

Texto: Cristiane de Paula(Ascom CINTESP.Br/UFU)
Revisão: Cleudmar Araújo(Coord. CINTESP.Br/UFU)

O Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos (CINTESP.Br/UFU), encerrou o quadrimestre deste ano comemorando as publicações de duas novas cartas patentes.

Os produtos são inéditos no Brasil, um dos equipamentos patenteados, o ergômetro para cadeirantes, possibilita a avaliação do condicionamento físico de cadeirantes, permitindo ao treinador físico controlar e monitorar ao mesmo tempo a carga utilizada e o rendimento do paratleta durante o exercício físico. Este equipamento pode ser utilizado inclusive para treinamentos físicos e reabilitação, inclusive para pessoas com mobilidade reduzida. O outro equipamento, que recebeu Carta Patente, possibilitará realizar prescrição de cadeiras de rodas com metodologia inovadora no mundo, auxiliando no projeto de cadeiras de rodas esportivas personalizadas por atleta e por modalidade.

Com os dois equipamentos, os atletas paralímpicos de alto rendimento ganharão condições para melhorar sua performance com treinamentos dedicados podendo desenvolver mais suas habilidades em quadra ou na pista de atletismo. “Esse é o nosso objetivo, fazer chegar nossos projetos até a população, ajudar as equipes técnicas brasileiras na preparação e o paratleta a conquistar mais medalhas”, disse Cleudmar Araújo, coordenador do CINTESP.Br/UFU.

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial, concedeu a Carta Patente de nº BR 102015024095-3 para o ergômetro para cadeirantes, classificação internacional registrada em nome da Universidade Federal de Uberlândia. Um dos diferenciais deste equipamento é utilizar aplicativo e sistema de resistência dedicado aplicando movimentos similares ao gesto motor dos cadeirantes. O equipamento é considerado altamente inclusivo possibilitando o mesmo nível de avaliação que é feito a um atleta não cadeirante. O ergômetro para cadeirantes é uma opção de baixo custo comparativamente a equipamentos importados como os rolos cilíndricos para avaliação do condicionamento físico.

A segunda patente foi concedida ao aparelho para Personalização de Cadeiras de Rodas Esportivas que recebeu do Instituto Nacional da Propriedade Industrial a Carta Patente de nº BR 102016008499-7, também registrado em nome da Universidade Federal de Uberlândia. Este equipamento promete revolucionar o mundo do paradesporto. O modelo patenteado é capaz de prescrever cadeiras de rodas de diversas modalidades esportivas para o alto rendimento por meio de ajustes mecânicos. O paratleta percebe, em tempo real, a variação dos ajustes com as regulagens associadas, considerando as características antropométricas do corpo de acordo com as necessidades de movimento durante a prática do esporte. “Eu acho que a cadeira vai ficar muito boa, estou sugerindo algumas medidas para diminuir as trincas em determinados pontos da cadeira quando eu levo impacto muito forte do adversário, queremos uma cadeira com o maior a resistência daquela que eu uso em quadra”, disse Rafael Hoffmann do rúgbi que já passou pelo equipamento. As dimensões anatômicas prescritas são avaliadas por meio de simulação do funcionamento unindo precisão das medidas, agilidade na fabricação e redução de custo. “Mais uma vitória dentre muitas, que nos impulsiona a seguir em frente com coragem e determinação”, disse Lucas Cardoso, pesquisadordo CINTESP.Br e autor do projeto.

O CINTESP.Br/UFU é referência no desenvolvimento de inovações em tecnologia assistiva voltadas para o esporte paralímpico e vem atuando buscando soluções diretas com as demandas de atletas paralímpicos e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os projetos são financiados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT/Uberlândia-MG). A forma de atuação em rede colaborativa, multidisciplinar e em parcerias fortalecem as pesquisas, aceleram os processos e aproximam os pesquisadores da sociedade. Em Uberlândia, os projetos acontecem em conjunto com a Prefeitura Municipal de Uberlândia por meio da Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Praia Clube de Uberlândia, o Grupo Algar, Algar Telecom e Brain Instituto de Ciência e Tecnologia, e Sesi Gravatás (Fiemg). “Está aí, parabéns aos pesquisadores autores e toda a equipe do CINTESP.Br. As Cartas patentes concedidas são resultados de muito esforço e dedicação e que vai auxiliar muitas pessoas, não tenham dúvida. Trabalho, esforço, muito suor e o reconhecimento de que estamos no caminho certo”, disse Cleudmar Araújo, coordenador do CINTESP.Br/UFU.

São aproximadamente 50 pesquisadores, envolvendo profissionais técnicos, estudantes de graduação e de pós-graduação e docentes, atuando em mais de 60 projetos que passam pelas áreas de educação, saúde, lazer, esporte e vida diária, o CINTESP.Br/UFU ainda mais de 30 registros de pedidos de patentes em avaliação junto ao INPI.

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