Imagem: PMU

 

Texto: Cristiane de Paula-Ascom CINTESP.Br

Revisão: Cleudmar Araújo-coor. CINTESP.Br

Um centro de referência nacional em inovação na área de tecnologia assistiva, para pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida e doenças raras, vinculado à uma Universidade Federal apoiado por Ministérios do Governo Federal gerando rede colaborativa com pesquisadores, empresas e somando parcerias com instituições de serviços e empresas públicas, este é o ambiente cada vez mais forte que se apresenta em Uberlândia.

CINTESP.Br, vinculado à Universidade Federal de Uberlândia (UFU), financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT/Uberlândia-MG), atuando em formato de redes colaborativas  em parceria com a Prefeitura Municipal de Uberlândia por meio da Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Praia Clube de Uberlândia, Grupo Algar com o Instituto Brain/Algar e Sesi Gravatás (Fiemg).

Na sede do CINTESP.Br, os paratletas: Jovane Guissone segundo no ranking mundial 2021 de esgrima, Rafael Hoffmann eleito melhor do Campeonato Brasileiro de rúgbi em 2019 e José Júnior vice-campeão Sul Americano de basquete em cadeira de rodas participaram das pesquisas, já em fase final, para prescrição e fabricação de cadeiras de rodas personalizadas. No equipamento o paratleta passa por avaliações de modelos com mais de 20 ajustes que vão poder adequar à condição física e à necessidade de jogo de cada paratleta, o objetivo é oferecer condições de melhor rendimento nos treinos e nas competições preservando o conforto do atleta. “Eu acho que a cadeira vai ficar muito boa, estou sugerindo algumas medidas para diminuir as fraturas em determinados pontos da cadeira quando eu levo impacto muito forte do adversário, queremos uma cadeira com o maior a resistência daquela que eu uso em quadra”, disse Rafael Hoffmann do rúgbi.

O CINTESP.Br trabalha atualmente com mais de 40 inovações em tecnologia assistiva, termo usado para identificar dispositivos, técnicas e processos que podem prover assistência e reabilitação e melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e doenças raras. Atua com mais de 60 pesquisadores em ambiente multidisciplinar e em rede colaborativa com outras Faculdades e empresas brasileiras. Desde 2019, com financiamento do MCTI, o CINTESP.Br tem sido referência, na UFU, na produção de inovações e geração de patentes com quase 2 por mês.

Também esteve em Uberlândia, Tayana Medeiros, destaque nas Paralimpíadas de Tóquio, ela veio conhecer o potencial da cidade e programas voltados para o paradesporto de alto rendimento. Tayana conversou com pesquisadores do CINTESP.Br e com dirigentes do Praia Clube, maior Clube de Lazer da América Latina e entre os principais apoiadores brasileiros do paradesporto, do alto rendimento à iniciação”, nós entendemos que o apoio ao atleta não é apenas alguns meses que antecedem uma grande competição, é constante e com apoio integral”, destaca Carlos Augusto Braga, pres. do Praia Clube.

Com mais de 10 anos com projetos de apoio e incentivo ao paradesporto, o Praia Clube iniciou com a natação, hoje são 5 modalidades (natação, halterofilismo, tênis em cadeira de rodas, atletismo e bocha), quase 60 atletas de 17 a 55 anos de idade se destacando em competições Nacionais e Internacionais. Com o fortalecimento dos projetos já atua com uma rede de 10 empresas investidoras no paradesporto.

Tradição de Uberlândia no mundo paralímpico

Imagem: Praia Clube de Uberlândia

 

Única cidade do interior do país a ter um Centro de Treinamento oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), as ações de apoio e incentivo ao paradesporto são desenvolvidas pela Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel). A ginástica artística foi a primeira modalidade, já com 20 atletas treinando. A Prefeitura, por meio a Futel, incentiva a iniciação em escolinhas que tem matriculadas cerca de 13 mil alunos. A rede é fortalecida com as parcerias feitas com as parcerias entre associações como a Associação dos Paraplégicos de Uberlândia (APARU), a Associação paralímpica Uberlandense de deficientes visuais (APAVU), Clube Desportivo para Deficientes de Uberlândia (CDDU), Associação dos Deficientes Visuais de Uberlândia (ADEVIUDI) e com o acordo de cooperação com o Praia Clube com o objetivo de fortalecer não só a iniciação como o preparo na formação de campeões e assistência no alto rendimento, “estamos oportunizando de forma gratuita o acesso à prática para jovens atletas, oferecendo suporte aos nossos atletas de alto rendimento”, disse o prefeito Odelmo Leão.

A resposta a estrutura de apoio ao esporte Paralímpico aparece na representação da delegação uberlandense que representa mais de 30% da delegação brasileira, no Mundial de halterofilismo realizado ano passado, na Geórgia, Uberlândia foi representada por 8 paratletas sendo a maior equipe da delegação brasileira, no Campeonato Brasileiro Masculino de bocha paralímpica de 2021, a cidade também se destacou com Uberlândia se destaca com 5 competidores, sendo a terceira maior equipe.

No mais recente Meeting 2021 da CAIXA a cidade de Uberlândia foi representada por quase 100 paratletas. As mais recentes conquistas e reconhecimento vieram do Japão, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, a melhor campanha brasileira da história, Uberlândia também esteve presente com paratletas da cidade,  “Isso demonstra a importância do investimento feito pela Prefeitura de Uberlândia, por meio da Futel, no paradesporto local, que hoje é referência nacional em diversas modalidades”, disse o diretor geral da Futel, Edson Zanatta.

Neste cenário a cidade fortalece a cultura de inclusão em acessibilidade e se consolida como referência na união de alta tecnologia com esporte e lazer para pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e doenças raras. Em uma semana o CINTESP.Br e o Praia Clube receberam paratletas referências mundiais em esgrima, basquete, rúgbi e halterofilismo indicados pelo CPB. “Eu acho muito legal que um trabalho feito por todo mundo onde todos ganham, nessa parceria todo mundo cresce junto, alunos pesquisadores doutores o município a prefeitura e nós os paratletas”, conclui Jovani Guissoni atleta da esgrima.

Os paratletas da esgrima, do basquete e do rugbi vieram fazer parte dos projetos de desenvolvimento e fabricação de cadeiras de rodas para alto rendimento com possibilidades de somar ao grupo de paratletas de alta performance de Uberlândia e ainda no ano passado o CINTESP.Br concluiu a prescrição e entregou a primeira cadeira personalizada para o tênis de quadra ao atleta de Uberlândia, Gustavo Carneiro. “Isso que é inovador, além do projeto, a metodologia, isso não tem em lugar nenhum do mundo já está patenteado e pronto serem fabricadas e chegar à comunidade”, completa Cleudmar Araújo, coord. do CINTESP.Br/UFU.

imagem: CINTESP.Br

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