CINTESP.Br se prepara para participar do maior evento de tecnologia do MCTI, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Brasília

Partida bocha paralímpica categoria BC3, uso da calha

Texto: Cristiane de Paula ASCOM CINTESP.Br

A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta, este será o tema da 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que terá a abertura logo mais, às 14h, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade em Brasília – DF. Até o dia 10/12,  a população poderá conhecer o que é desenvolvido em tecnologia e inovação produzidas no Brasil.

Na exposição de inovações deste ano, o CINTESP.Br, Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos, vinculado à Universidade Federal de Uberlândia (UFU), preparou 3 das mais de 10 inovações que fará entrega ao Comitê Paralímpico Brasileiro. “Desta vez optamos por fazer algo diferente na Semana Nacional, algo que aproxime a população ainda mais de nossas inovações em tecnologia assistiva, vamos levar equipamentos para o envolvimento da população, especialmente das crianças, estamos levando calhas lúdicas para elas jogarem a bocha paralímpica. É que nós queremos dar a oportunidade de vivência usando nossas invenções, assim poderemos atender também uma das linhas de ação do MCTI que é de popularizar a ciência por meio da educação e aproximar a sociedade dos centros de pesquisa e de extensão”, disse o coordenador do CINTESP.Br, Cleudmar Amaral.

A bocha paralímpica já conta com mais de 800 paratletas brasileiros praticantes, é considerado um jogo de estratégia e de raciocínio, onde o jogador tem o desafio de colocar a bola que arremessa o mais perto da bola principal, bola branca, usada como alvo para pontuação. A partida é desenvolvida em 4 sets e o jogador com direito a 6 bolas para cada set. O objetivo é somar pontos por aproximação da bola branca, o jogador pode, dentro da área delimitada, optar por afastar a bola do adversário ou bloquear, ganha quem somar mais pontos com maior número de bolas próximo da bola alvo.

A modalidade foi criada inicialmente para pessoas com paralisia cerebral com disfunção motora generalizada e inicialmente foram criadas as classes BC1, BC2 e BC4, divididos por grau de deficiência. As categorias atendem aos paratletas que, mesmo com a disfunção motora, conseguem lançar a bola com as mãos. Mais tarde foi criada a categoria BC3, voltada para os jogadores com maior grau de deficiência, que nem conseguem lançar a bola com as mãos. Para essa categoria surgiu a calha paralímpica, um equipamento que ajuda o atleta a lançar a bola por meio de uma vareta acoplada em um capacete e a bola entra no jogo por meio da calha que direciona a trajetória escolhida pelo jogador. “A bocha abriu uma possibilidade não só para quem tem paralisia cerebral como também para outras pessoas com distrofia muscular, osteogênese imperfeita, problema de má formação congênita, lesão medular, enfim, deu mais chances para estas pessoas poderem participar e terem uma atividade física de acordo com suas possibilidades” completou Márcia Campeão, professora de educação física e coordenadora técnica de bocha paralímpica do CPB.

Além da calha lúdica o CINTESP.Br estará apresentando em seu stand na SNCT, um elevador de piscina que também poderá ser experimentado e o banco de arremessos. Nos próximos 3 meses o CINTESP.Br espera fazer a entrega de pelo menos 10 equipamentos de inovação em tecnologia assistiva para alto rendimento que serão usados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.

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