25 de Agosto 2021

Cristiane de Paula – Ascom CINTESP.Br

 

Redes Inteligentes, Redes Colaborativas, Smart grids, Tecnologia Assistiva, Tecnologia da Informação e muito mais. Nunca a inovação esteve tão presente e provocativa quanto nas últimas décadas e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), na condição de destaque nacional, já se preparava para entrar com experiência nessa concorrida busca pela fabricação de novos recursos e equipamentos para a sociedade.

Para não ficar de fora da corrida pela inovação com garantias de proteção intelectual e também para entrar no mercado, a UFU, com a aprovação Conselho Universitário (CONSUN), criou em 2006, ligada à Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, a Agência Intelecto, que passou a ser o principal agente na promoção de pesquisas, de cuidado da proteção legal do conhecimento gerado na Universidade, além de estimular e orientar a transferência dessa tecnologia para o setor produtivo e de ter parte dos lucros. A Intelecto dá à UFU melhor oportunidade de participar da exploração industrial e de compartilhar os ganhos econômicos com a exploração das invenções protegidas ao atender as demandas da sociedade. De acordo com a Resolução 08/2006, que autorizou a criação da Agência, o ganho financeiro com a transferência da tecnologia é de acordo com um percentual negociado do lucro da empresa que irá explorar a inovação no mercado. Esse percentual é repassado em partes iguais em forma de royalties sendo 1/3 para a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, 1/3 para a unidade acadêmica e 1/3 para ser dividido entre os pesquisadores do projeto. “Muitos de nossos contratos com as empresas são sigilosos, em alguns casos a empresa participa com investimentos direcionando a inovação para o mercado que ela deseja explorar a invenção”, disse Thiago Paluma, diretor de inovação da Pró- reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFU.

Uma das mais recentes tecnologias transferidas foi para atender o setor agrícola. A inovação foi adquirida por uma empresa nacional, com sede no Rio Grande do Sul. A pesquisa foi sobre o melhoramento genético de vegetais, mais especificamente de hortaliças com o objetivo de resistência a pragas e doenças causadas por fungos, vírus e bactérias, com intuito de reduzir a aplicação de defensivos agrícolas nas lavouras e foi desenvolvida na Estação Experimental de Hortaliças, do Campus da UFU da cidade de Monte Carmelo.

Na Estação Experimental são desenvolvidas atividades de ensino, pesquisa e extensão. (Foto: Divulgação/GEN-HORT)

A Intelecto passa a reforçar o foco no atendimento aos pesquisadores da UFU e até mesmo com empresas interessadas em fazer parcerias com a Universidade. Com essa interlocução é iniciada uma Rede Reforçada em favor das pesquisas e da extensão. Neste sentido reforça a cultura pelo estímulo à produção de pesquisa aplicada servindo de estímulo para a produção de novas tecnologias e para que as inovações cheguem mais rapidamente à sociedade. “Nós já conseguimos um grande avanço, basta ver o aumento de registro de patentes e de vermos pesquisadores estimulados retomando projetos para a transferência de tecnologia, como o CINTESP.Br vem fazendo. Agora nosso próximo desafio é estimular o setor empresarial e a criação de startups para termos mais facilidade de promovermos essa transferência de tecnologia para as novas invenções chegarem mais rápido à população”, disse Carlos Henrique de Carvalho Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFU.

Fonte: Agência Intelecto

Com a alta concentração de pesquisadores e elevado número de pedidos de patentes o Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos (CINTESP.Br), vinculado à UFU, passou a ser um dos principais parceiros da Agência. Só no ano passado o CINTESP.Br produziu 14 invenções e que tiveram registro de pedido de patente, mais que o dobro do solicitado em 2018. “Desenvolver inovações tecnológicas assistiva no Brasil é um grande desafio, principalmente, equipamentos e dispositivos que auxiliem pessoas com deficiência de menor renda a melhorarem a inclusão e a qualidade de vida. Em geral, são tecnologias personalizadas e que requerem um esforço da ciência visando soluções inovadoras e de custo acessível. Por exemplo, no esporte e na saúde ainda existe uma grande dependência da importação. Por isso, é importante a criação e a proteção intelectual destas soluções visando dar subsídios para que novas empresas possam investir neste segmento. Neste caso, a Agência Intelecto vem sendo fundamental apoiando e auxiliando nos pedidos de proteção intelectual junto à Universidade Federal de Uberlândia. Uma parceria que vem desde 2012 e que está cada vez mais consolidada, atualmente, o CINTESP.Br possui mais de 30 pedidos de proteção e existe uma previsão de dobrar este número nos próximos anos…” comentou o Diretor do CINTESP.Br, Cleudmar A. Araújo.

 

Agora, completando 15 anos, a Agência vai reunir em uma live os principais ganhos para a sociedade com o trabalho desenvolvido pela Agência. Estarão presentes o presidente do CNPq e representantes das Secretarias de Estado e Municipal da Ciência Tecnologia, Desenvolvimento e Inovação, além de pesquisadores da UFU, da Intelecto e Reitoria da UFU, como consta no roteiro da programação. No dia 25 de agosto, ao vivo no canal da UFU, pelo youtube.

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